Nenhuma uva tem tantos caprichos como a Pinot Noir – ela não se adapta a qualquer ambiente e praticamente não se mistura.
| Da redação
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Mesmo para aquele que não é muito íntimo do mundo do vinho já ouviu falar na Borgonha, no coração da França. Talvez também nunca tenha provado um Romanée-Conti, vinho cultuado que chega a custar algo em torno de 10 mil euros, mas sabe que a região produz rótulos importantes. E dificilmente vai se confundir diante da elegância de um Pinot Noir. A grande cepa tinta deste lugar tem cheiro de flores misturado com cassis, framboesa e outros frutos do bosque, líquido rubi claro, com reflexos brilhantes.
Foto: Divulgação - Vinho Romanée-Conti |
No topo da árvore genealógica de outras espécies, como a Pinot Gris e a Pinot Blanc, essa uva é delicada em todos os aspectos. Pouco adaptável, só cresce em clima frio e em solo argiloso. Como raramente entra em blends, a não ser no do champanhe, precisa de um enólogo maduro e competente.
No topo da árvore genealógica de outras espécies, como a Pinot Gris e a Pinot Blanc, essa uva é delicada em todos os aspectos. Pouco adaptável, só cresce em clima frio e em solo argiloso. Como raramente entra em blends, a não ser no do champanhe, precisa de um enólogo maduro e competente.
De acordo com o sommelier Juscelino Pereira, “Ela, sozinha, tem de equilibrar o álcool, os açúcares, a tonalidade do vinho”.
A casta Pinot Noir pegou em poucos lugares fora da região da Borgonha. Também de acordo com o sommelier Juscelino, “A Nova Zelândia tem uma produção bem interessante”. Ele também comenta que além desta região, há algo a ser notado na Itália, onde é chamada de Pinot Nero, também na Austrália, no Chile, na Califórnia, na Argentina. No Brasil, já começa a render bons frutos. “O Novo Mundo está se abrindo para ela”, comenta o sommelier Juscelino. A Pinot Noir é uma uva para paladares refinados. Tanto que existe uma taça especial para vinhos da Borgonha: aquelas grandes, com o bojo gordinho. De acordo com o enófilo Álvaro Galvão, “Nessa taça, a bebida fica mais aerada”. “E, como tem a boca larga, faz o líquido atacar de cara as bordas da língua, onde estão as papilas que reconhecem os sabores ácidos”, explica. A sensação de frescor, assim, é garantida.
Foto:Ilustração Taça grande bojo gordinho |
O vinho Pinot Noir pode ser harmonizado na companhia de carnes brancas e aves. Como tem pouco tanino, aquele arranhadinho na garganta da maioria dos tintos que ajuda a dissolver a gordura do prato, combina melhor com sabores delicados.
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